Em sua manifestação, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, defendeu a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto por considerar que há provas suficientes de autoria e materialidade dos crimes graves cometidos.
Nesta manhã, Braga Netto foi preso preventivamente pela Polícia Federal por ter alocado recursos para a tentativa do golpe de estado e por tentar obstruir a investigação ao buscar obter informações da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
“A medida cautelar de prisão está fundamentada em elementos que demonstram risco concreto à ordem pública e à aplicação da lei penal, que indicam que as medidas cautelares diversas da prisão não se revelam suficientes”, informa Gonet em sua manifestação.
“Nesse contexto, a prisão preventiva requerida afigura-se como medida capaz de garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal, evitando-se a continuidade do esquema criminoso deflagrado e das interferências nas investigações, que seguem em curso”, acrescentou ainda.
Gonet reforça ainda que é “essencial” que essas medidas - prisão preventiva e outros mandados - sejam deferidas o quanto antes para garantir a aplicação da lei penal e assegurar o curso seguro das investigações. “A Procuradoria –Geral da República aguarda o deferimento das medidas cautelares pleiteadas pela autoridade policial”, concluiu o procurador-geral em sua manifestação.
A PF cumpriu hoje dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal. Além da prisão preventiva de Braga Netto, foram realizadas ações de busca e apreensão nas residências do próprio general, no Rio de Janeiro–RJ e do Coronel Flávio Botelho Peregrino, também da reserva, em Brasília–DF.